domingo, 9 de agosto de 2009

Cultura X Consumismo


Há muitos anos, por muito tempo, a Páscoa era considerada a maior e mais importante festa da Cristandade. Um evento religioso no qual os cristãos celebravam a Ressurreição de Cristo, tempos após ele ser crucificado, e os judeus comemoravam a saída do povo judaico do Egito (passagem da escravidão para a liberdade). Ainda nessa época, os egípcios tinham o costume de pintar ovos com as cores da primavera e dá-los aos amigos, mas vale ressaltar que, nesta mesma época, os ovos não eram comestíveis. Ou seja: nada de coelhos, nada de ovos de chocolate, por ora.
Porém, como todos sabem e tal como é explicitado na charge, os tempos passam, a mentalidade das pessoas muda e, com isso, vários costumes vão perdendo seus reais valores. Foi o que aconteceu com a Páscoa. Ao passar dos anos, a tradição religiosa perdeu espaço para o consumismo e, desde então, o espírito pascal mescla cultura e mercado. A charge ironiza o fato de as crianças não aprenderem o verdadeiro sentido da Páscoa, mas somente o lado comercial. Como afirma o economista Raphael Fraga, “a Páscoa virou um momento doce e prazeroso, que divide o lugar com os costumes religiosos e o mercado financeiro dos chocolates”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário